quinta-feira, 27 de março de 2008

Peso de papel favorito


Gosto muito deste meu peso de papel! Era um toquinho de madeira que sobrou da construção de nossa casa. Lixei para tirar asperezas mas deixei as imperfeições e finalmente pintei cada uma das faces.




segunda-feira, 24 de março de 2008

...mais ainda????




... e mais mandalas ainda....



mais mandalas...





Mandalas - nova técnica

Estou gostando de fazer estes imãs!! Uso lantejoulas, miçangas, e outros terecos que encontro pelo atelier, faço a arte final com tinta para complementar. Gostei do resultado...





terça-feira, 18 de março de 2008

Dia do artesão!

Aí está!
Comprei este pião de um velhinho artesão, na rua, há muito tempo. Achei linda a peça porque traz toda a pureza de um ser que passou a vida toda exercitando a arte de trabalhar a madeira, com toda sua simplicidade e pureza de alma, dedicando seu amor a alguém que não conhece e nunca mais vai encontrar. A cada vez faço o pião rodar, me lembro do velhinho e o imagino rodando como um pião...como um dervixe!

Assim somos nós os artesãos, passamos tantas horas de nossas vidas colocando nosso amor, o colorido de nossas almas em peças que levam encanto para a vida de alguém que geralmente nem conhecemos, e instalamos em suas vidas, em seus lares um pouco de nosso amor....

Aqui vai minha homenagem à todos os artesãos...em especial ao velhinho dervixe, que hoje talvez esteja fazendo piões para os anjos do céu

sexta-feira, 7 de março de 2008

Mais mulheres...

Aqui estão mais algumas...





É interessante, quando são expostas, sempre aparece alguém que reconhece uma amiga, uma mãe, uma tia, enfim uma mulher amada!!! Sim, porque todas as mulheres que pinto são bem amadas!!!!

Mulheres

Aproveito o dia internacional das mulheres para mostrar mais algumas que pintei.
São imãs de geladeira, uma coleção que já passa de 40. Muitas já me deixaram. Algumas foram para o exterior e devem estar lá, com suas carinhas risonhas, cumplices dos que atacam geladeiras pela madrugada!
Quando começo a pintá-las não consigo para (como sempre...) porque elas se apresentam, uma a uma... vão chegando devagarzinho para me fazer companhia....
Quero mostrá-las hoje enfeitadas com a homenagem do Sérgio Gonçalves -redator da Loducca :

DECLARAÇÃO DE AMOR ÀS MULHERES
(Única espécime 99% perfeita e vejam porque não é 100%)

***(Texto publicado no jornal da agência)***

Como não tenho religião, posso falar com tranquilidade do mito de Adão e Eva. Reza a lenda que Eva foi criada a partir de uma costela de Adão. O que me permite concluir que Adão foi um "rafe" de Eva. Ou um proof" em baixa resolução. Eva era a arte-final, o cromalin envernizado. Se uma memória restou das festinhas e reuniões de familiares da minha infância, foi a divisão sexual entre os convivas: mulheres de um lado, homens do outro.

Não sei se hoje isso ainda ocorre. Sou anti-social ao ponto de não frequentar qualquer evento com mais de 4 pessoas, o que não me credencia a emitir juízo. Mas era assim que a coisa rolava naqueles tempos. Tive uma infância feliz: sempre fui considerado esquisito, estranho e solitário,
o que me permitia ficar quieto observando a paisagem.
Bom, rapidinho verifiquei que o apartheid sexual ia muito além das diferenças anatômicas. A fronteira era determinada pelos pontos de vista, atitude e prioridades. Explico: no "corner" masculino imperava o embate das comparações e disputas. Meu carro é mais potente, minha TV é mais moderna, meu salário é maior, a vista do meu apartamento é melhor, o meu time é
mais forte, eu dou 3 por noite e outras cascatas típicas da macheza latina.
Já no "corner" oposto, respirava-se outro ar. As opiniões eram quase sempre ligadas ao sentir, Falava-se de sentimentos, frustrações e recalques com uma falta de cerimônia que me deliciava. Os maridos preferiam classificar aquele ti-ti-ti como fofoca.


Discordo. Destas reminiscências infantis veio a minha total e irrestrita paixão pelas mulheres. Constatem, é fácil. Enquanto o homem vem ao mundo completamente cru, frequentando e levando bomba no bê-a-bá da vida, as mulheres já chegam na metade o segundo grau. Qualquer menina de 2 ou 3 anos já tem preocupações de ordem prática. Ela brinca de casinha e aprende a
dar um pouco de ordem nas coisas. Ela pede uma bonequinha que chama de filha e da qual cuida, instintivamente, como qualquer mãe veterana. Ela fala em namoro mesmo sem ter uma idéia muito clara do que vem a ser isso. Em outras palavras, ela já chega sabendo. E o que não sabe, intui.
Já com os homens a historia é outra. Você já viu um menino dessa idade brincando de
executivo? Já ouviu falar de algum moleque fingindo ir ao banco pagar as contas? Já presenciou um bando de meninos fingindo estar preocupados com a entrega da declaração do Imposto de Renda? Não nunca viram e nem verão.
Porque o homem nasce, vive e morre uma existência juvenil. O que varia ao longo da vida é o preço dos brinquedos. E aí reside a maior diferença: o que para as meninas é treino para a vida, para os meninos é fantasia, é competição. É fuga. Falo sem o menor pudor. Sou assim. Todo homem é assim.
Em relação ao relacionamento homem/mulher, sempre me considerei um privilegiado. Sempre consegui enxergar a beleza física feminina mesmo onde, segundo os critérios estéticos vigentes ela inexistia. Porque toda mulher é linda. Se não no todo, pelo menos em algum detalhe. É só saber olhar.

Todas têm sua graça. E embora contaminado pela irreversível herança
genética que me faz idolatrar os ícones de cafajestismo, sempre me apaixonei perdidamente por todas as incautas que se aproximaram de mim.
Incautas não por serem ingênuas, mas por acreditarem. Porque toda mulher acredita firmemente na possibilidade do homem ideal. E esse é o seu único defeito.*